sábado, 28 de fevereiro de 2009

Liberdade



Não, não vou dissertar sobre o bairro paulistano que atrai gente de todo canto, principalmente a minha pessoinha, que mora nele, rs...

Vou falar da sensaçao por mim vivida nesses últimos dias, mais especificamente no carnaval.

É, vocês estão vendo essas meninas com cara de atrevidas na foto? São mulheres muito especiais, cada uma com uma característica peculiar que envolve qualquer um, talvez nem elas mesmas saibam disso.

Vou começar pela Karen, a única que está de perfil, menina meiga, dócil, aberta para qualquer pessoa e situação... muito parecida comigo. Temos muitas coisas em comum, algumas que descobrimos neste carnaval, outras que sempre soubemos. Cativa pelo sorriso, abraça pelo olhar. Fácil falar dela. Guerreira, intensa, ama a vida com todas as pedras que têm no caminho. Precisou dela? Não precisa mais, ela já chegou! rs...

Depois tem a Sole, Soledad. Difícil, mas nem tanto. Fechada. Muito. Mas se você mostrar que se interessa por ela, por seus problemas e suas conquistas ela vai falando, talvez seja essa a forma que ela encontrou de pedir ajuda sem pedir, sem ser inconveniente. Só se abre para quem realmente demonstra interesse. Ela pode nem imaginar o quanto a admiro, mas quem sabe um dia ela perceba que existe alguém que se preocupa... Uma menina brasileira que passou a maior parte da vida dela fora do país, teve outra educação, outra cultura, de repente ter que se acostumar com toda nossa maneira de ser e ser uma vencedora com todas essas dificuldades? É claro que admiro!!!

Só o fato de ela morar sozinha aqui em Sampa já é uma vitória, sei disso porque mato um leão por dia para ter essa vida, mas sempre morei no Brasil, nunca tive outra cultura... E ainda assim não é fácil.

Sei que como eu, também tem muitas encanações, mas precisa ouvir que é linda, por dentro e por fora, e saber que pode se soltar e ter aquela sensação de liberdade que a tomou no carnaval, sempre que quiser, essa sensação está dentro da gente, nós podemos libertá-la sempre que quisermos. Sole, te gosto...

Depois da Sole sou eu, menina meiga também, que anda muito introspectiva por causa de umas preocupações, coisas da vida adulta, causos que só ela pode resolver. Fala pelos cotovêlos, mas ultimamente tem preferido observar. Gosta e se apega muito facilmente às pessoas e fica muito triste quando vê que não é recíproco. Tem se sentido muito sozinha, como se não tivesse ninguém no mundo, por mais que queira ter um ombro amigo não tem conseguido se expressar, não sabe mais como pedir ajuda. Não encontra meios de dizer que está perdida, e só espera que alguém acompanhe sua vida por este blog e te estenda a mão.

O blog é o único canal que ela tem usado para comunicar o que acontece na sua vida, e olha que nem tem escrito muito, ainda não se sente à vontade nem para escrever aqui, mas pelo menos quem quiser pode perceber que as coisas com ela não estão nada bem...

A próxima é a Lígia. Essa com certeza é a pessoa mais difícil. Nossa, como é difícil se aproximar dela! Eu tento, juro que tento, mas é f*. Parece que tem um escudo, uma parede entre mim e ela. Por que é tão difícil se relacionar com as pessoas? Quando acho que estou conseguindo conquistar sua amizade, confiança, respeito... levo uma patada daquelas. Talvez ela nem se ligue, talvez seja sem querer, ou talvez seja pra eu me mancar. Não sei dizer, procuro pensar que é a forma que ela encontrou de afastar pessoas que não gostem realmente dela. Sim, essa é a única explicação... Bom, o fato é que ela é uma menina-mulher, engraçada, divertida, alto-astral, debochada (como eu), possuidora de um humor sarcástico (que eu tb tenho), linda também (é, todas as minhas amigas são lindas, tá?!)...

Lí.gia. s.f. mulher, arquiteta-empresária, menina, mergulhadora, mimada, independente, infantil, madura, séria, cômica, meiga, grossa. É a pessoa que conheço que mais tem qualidades contrapostas, pode ser o frio ou o quente.

Uma frase a define: "Sou como você me vê... Posso ser leve como uma brisa, ou forte como uma ventania, depende de quando, e como você me vê passar!" (Clarice Lispector).

Enfim, agora que já falei das 4 mosqueteiras, vou falar do que eu senti quando estava com as meninas na terra, andando a cavalo.

Começamos devagar, até porque a Sole não sabia andar, para ela foi uma experiência inicial... Depois eu e Ká resolvemos galopar e ir na frente de todo mundo... Foi quando começou a chover. Gritamos FREEEEDON enquanto corríamos pela terra vermelha e quente da serra.

Depois paramos no canavial, nós duas e o caçador do boi que tinha fugido. Pensamos que era para seguí-lo e acabamos entrando mata a dentro. Não estávamos nem aí, estávamos aproveitando cada segundo, acho que naquela hora pensamos que éramos Ana Raio e Zé Trovão, rs...

Nossos cavalos corriam muito, tentando acompanhar o cavaleiro. Tudo em vão. Percebemos que estávamos sós e resolvemos voltar, o que não foi fácil, mas como duas excelentes amazonas demos nosso jeito e voltamos pra área permitida.

Era um arrepio que percorria a espinha, um misto de gelado e quente. A bochecha queimava, o cabelo era levado pelo vento, a chuva que corria em nosso rosto e passava por cada canto do nosso corpo era como se revelasse cada segredo. Como se naquele momento eu pudesse ser a Natalia verdadeira, sem máscaras, sem escudos, sem capas protetoras, desnuda, pura e simplesmente a Natalia. Uma mulher que ama incondicionalmente, sem se preocupar com as consequencias, que vive o hoje como se o amanha nao exitisse.

Naquele instante me percebi como menina que cresceu, que cresce, e que não pretende parar de crescer. Mulher que sofre, mas que vive.

Realmente não tenho como definir. Foram segundos que pareceram horas.

Talvez amanhã consiga expressar melhor tudo o que aconteceu.

Ontem realmente achei que tinha te esquecido. Mas quando acordei vi que você ainda está na minha memória, pois sonhei com você esta noite. Até quando vai rondar meus pensamentos? Pelo menos deixe meus sonhos em paz! O que faço pra esquecer tudo o que vivemos? Não quero guardar nada... Se eu pudesse, apagaria da minha vida o dia que te conheci. Fora isso não guardo mágoa, nem raiva, nem nada...

Um comentário:

  1. Ana Raio!!! Hey...eu cavalgeui de allstar! só faltou o iPod pra ser umaindie amzonas...hauhauhauhuah

    Sei q aquela chuva Deus mandou-a para limaprnos, com isso mostrar q sim, podemos seguir em frente e que se Ele coloca coisas para enfrentarmos é pq podemos enfrentar. Amei ficar na chuva + cavalo e montanhas...terapia q farei sempre q der!

    besitos!!! A lili não é díficil não...eu tb não...só como diria a ká, sou diferente...rs

    ResponderExcluir