quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Não sabemos namorar - Carpinejar


Agora dei para mascar chiclete com sabor melancia. Deveria esconder esse detalhe.
Mórbido para quem atravessou os 36 anos.
Mas vejo o quanto escondo o romantismo debaixo da mordida. Sou açucarado.
Meu beijo é diabético. Logo eu que passo uma imagem seca de bolacha de sal.
Vá lá, não vou sorrir para mim de noite ou pedir a benção para os apaixonados,
mas não acredito nesta história de acomodação no romance.
Que de uma hora para outra cansamos.
Não é cansaço, não é que paramos de seduzir porque conquistamos
e que não precisamos mais arrebatar com surpresas.
Não é que estamos seguros e não arriscamos mais.
Não é o conforto ou o domínio territorial.
Senão começaremos a acreditar que existe cupido.
E cupido é o mais cafona dos anjos.
Quem começa uma relação com cupido termina na fossa
repetindo os erros ortográficos das canções sertanejas.
Confio que há gente que não saiba namorar. Não sabe namorar, e pronto.
Supõe que é instintivo, natural, que é beijar, abraçar e os oceanos transportam a espuma.
Que basta amar e as relações funcionam. Mas as relações queimam pelo pouco uso.
A eletricidade enferruja.
Há gente que jura que namorar é cumprir um expediente depois do expediente:
jantar, conversar e transar.
Há gente que não quer namorar,
e sim uma amizade para dividir o que se é. Sem tensão. Sem cobrança. Sem nervosismo.
Que tudo está definido e seguro para o final do ano,
que não pode ser perdido no próximo minuto.
Eu acabei de perder o próximo minuto. Namoro é ambição.
É um final de semana a cada dia. É uma delicadeza insuportável,
antecipar os movimentos e agradar quando não se espera.
Gentileza em cima de gentileza, infindável.
Um cuidado para não magoar com aviso e pergunta,
com aquela educação concedida a gestantes e idosos.
Namorar requer uma atenção absoluta.
E não reclame: amar pode ser para toda a vida quando oferecemos toda a nossa vida.
Tem que se preparar, ceder, abrir espaço, oferecer, renunciar.
A inquietação nasce da paciência. A criatividade nasce de uma porta fechada.
É um extremismo terrorista. Explodiremos civis.
Durante algum desentendimento, mobiliza-se a genealogia da imaginação para escandalizar de novo. Carro de som, helicóptero, arranjos suicidas pela janela. Não é permitido ficar quieto, parado, para conversar a respeito. A conversa demora.
No namoro, não existe como ser egoísta. Egoísmo se deixa no JK.
É pensar pelo outro, com o outro, como o outro.
É ter uma lista de compra de mercado na ponta da língua, junto com o chiclete de melancia:
qual a pasta de dente que ela usa, o xampu, o condicionador, o azeite, o leite que toma, o suco... Desconhecer a geladeira da namorada é passagem direta para o congelador.
É entrar numa livraria e pensar no livro que ela vai gostar, é entrar numa loja e pensar um vaso que combinaria com sua sala, é entrar no cemitério e sonhar com um mausoléu para a família, sim, planejar a morte junto - nada mais romântico.
É entrar em si mesmo e lustrar as memórias mais distantes
para parecer orfão antes de sua chegada.
Agora dei para mascar a minha boca.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

CASE-SE COM ALGUÉM QUE...

... que te chame de apelidos carinhosos e que não sejam os mesmos das outras pessoas.

Case-se com alguém que faça você se sentir especial, porque no meio de tanta gente igual, não há nada mais gostoso do que se sentir diferente.

Case-se com alguém que te ouça quando você quiser falar, mas que acima de tudo, te escute. Tá cheio de gente que ouve apenas com os ouvidos e não com o coração.

Case-se com alguém que não banalize o que você sente, pois o mundo já é cruel o suficiente para fazer isso com você.

Case-se com alguém que te deixe à vontade para falar como você se sente em determinada situação e que não brigue com você por isso, porque se não for assim vocês construirão muros ao invés de pontes.

No fim, é você que decide se seu cadeado fica aberto, ou fechado...



quinta-feira, 30 de julho de 2015

24 horas sem Facebook

Ontem de manhã me dei conta de quão vazio era ter uma vida exposta em uma rede social.

Sim, era uma rede social composta por alguns amigos e as postagens eram privadas, de forma que só tinha acesso ao conteúdo lá publicado quem fizesse parte da minha lista de amigos. Só que era justamente aí que estava o problema: minha "modesta" lista era preenchida por aproximadamente 600 amigos.

WOW!!! Como pode alguém ter 600 amigos?! É simples:

Não pode.

Eu certamente tenho vários amigos, mas duvido muito que o número de pessoas com quem eu realmente desejo compartilhar minha vida supere o número de primaveras que já completei, e sim, fiquei assustada e fiz uma reflexão sobre o que as pessoas geralmente falam:

"- Ah, mas eu só posto bobagem, nada comprometedor..."
"- Ah, mas eu nunca faço check in em lugar nenhum..."
"- Ué, quem não tem nada para esconder não tem problema em postar..."
"- Ih, tá querendo se esconder de quem?"

E tem aquela máxima também:

"Eu tenho, mas não tem nada meu lá, eu só uso pra ver o que os outros postam...". (Esse, pra mim, é o voyeur da rede social - não se expõe, mas adora saber o que há de podre no Reino da Dinamarca).

Pois então, mesmo que eu não postasse nada, tudo aquilo que um dia já foi postado continuaria lá, a menos que eu tivesse tempo - E SACO - para deletar todas as milhares de postagens desde meu cadastro no Facebook: Agosto de 2010.

Sim, foram 5 anos de extrema exposição. Viagens, restaurantes, brigas, piadas, acontecimentos, mudanças de emprego, conclusões de curso, novas amizades, interesses em livros, músicas, cantores, escritores e, pasmem, até comidas. Tudo lá, a Natalia Viotti estava lá, despida e pronta para ser "sabida" por quem quer que fosse e a qualquer tempo.

Era um raio-x da minha essência, tudo aquilo que deveria ser descoberto aos poucos e apenas por alguns estava lá, de graça, como numa "bancada de um hortifruti".

Aliás, o Facebook realmente se parece com uma rede varejista de frutas e legumes. Consigo até imaginar o Mr. Mark Zuckerberg, anunciando seu produto assim: "Venham, olhem os perfis que temos aqui! Temos os perfis mais divertidos, exóticos, diferentes, comuns, simples e exuberantes da Terra! Faça o seu também e vamos todos ficar vendo quem faz mais coisas, quem viaja mais, quem sai mais para jantar, quem é melhor sucedido, quem tem mais amigos, quem tem envelhecido mais, etc, etc, etc... Aqui você vai encontrar "o fruto mais suculento do mercado, sem agrotóxicos, 100% orgânico".

Aí é que está: Com tantas pessoas fazendo parte da rede umas das outras, até esquecemos quem está lá e acabamos mesmo confundindo o face com um "querido diário" e sendo até "100% orgânicos e livres de agrotóxicos", mas será que é realmente interessante estarmos tão "transparentes" assim para o mundo?

E não me venha com essa de "ah, não posto nada". Posta sim. E quando não posta pode ter certeza que alguém já fez por você e te marcou. Ah, já sei, você é daqueles que precisa aceitar a marcação... hum, pois bem, se seu amigo tirar uma foto com você e postar na timeline dele, todos os amigos dele verão, independentemente de você ter ou não aceitado. E certamente dentre os amigos dele estarão alguns dos seus ou até mesmo outros que você preferia nunca ter conhecido.

Agora, se você é daqueles que ficam só olhando a página dos outros... meu amigo... procure ajuda, e logo!

Seja já que tipo de usuário do face você é, faça diferente. Leia um livro, procure um seriado para acompanhar, ligue para um amigo, retome as rédeas da sua vida. Tenha o controle sobre quem e o que sabem da sua existência.

Não vou mentir, não será fácil. Nessas 24 horas eu já peguei o celular umas 1000 vezes, coloquei a senha e... fiquei olhando para a tela, sem saber o que fazer, pois aquele ícone azul com a letra "f" não estava mais lá e eu estava me sentindo perdida, fora do mundo, mas sei que em breve isso vai passar e quem realmente for importante vai achar uma maneira de manter contato e, de fato, se fazer, presente.

Tente fazer o mesmo, ao menos por umas semanas, como se fosse um teste. Conquiste pessoas. Reconquiste. Retome laços de verdade, sem se apoiar num pseudo-contato que não passa de uma conexão virtual.

Entenda o verdadeiro significado do verbo conectar.

E, se depois de tudo isso você ainda se sentir entediado, me procure! Podemos andar de bike no Ibira, pegar um sol na praia, ir ao cinema, assistir a uma peça de teatro (mesmo que seja tosca) e, na pior das hipóteses, podemos ficar em casa "de boa", pois lá não falta vinho - e papo tem de monte!

A vida é um parque que deve ser curtido da melhor forma possível e cabe a você, decidir quando e com quem vai dividir a gangorra!




sexta-feira, 26 de abril de 2013

Relato de uma gordinha - Superando vontades, vencendo preguiças - PARTE 01


Genteeeeeee!!!

Hoje termino meu dia muito orgulhosa de mim, e vocês saberão o motivo!

Farei primeiro um breve resumo dos últimos acontecimentos: Tirei duas semanas de descanso do trabalho e fui para um SPA com minha mãe, onde ficamos por uma semana, perdemos alguns quilos e aprendemos formas diferentes de nos alimentarmos e de viver a vida.


No retorno fiquei uns dias em Santos e ontem voltei para minha casinha aqui em SP. Enquanto estava longe da minha geladeira e da minha dispensa tudo corria bem, até que ontem à noite tive uma vontade ABSURDA de comer chocolate e confesso que ainda mantenho no armário da cozinha chocolates de várias marcas, vários sabores e até pedaços de ovos de páscoa.

Viram o perigo? Bastava que eu abrisse uma portinha que fosse da dispensa que o sacrifício teria sido em vão... (14 dias sem carne, sem chocolate, sem carboidrato branco e sem bebida alcoólica).

Foi então que entrei na cozinha, peguei um copo, enchi de água até a boca e comi um morango pensando que era bem mais gostoso que o tal chocolate.

Pensei: Amanhã eu como um pedacinho depois do almoço, assim terei o dia todo para queimá-lo.

E hoje? Hoje acordei, comi meu mamão, tomei suco de caju, fui conhecer um restaurante na Aclimação (à pé), caminhei no parque e voltei.

Passei em um curso de inglês e fiz uma prova para saber em qual nível deveria entrar, pois há anos não estudo e percebi que estava perdendo o que aprendi e... SURPREEEEESA! Só não gabaritei porque errei um verbo, ou seja, a atendente disse que não havia módulos para mim, apenas e tão somente a conversação. Uhuuuu!!! uma despesa a menos, então está resolvido, em junho, assim que abrir uma nova turma eu tô dentro!

Para terminar o dia, entrei numa academia, fiz minha matrícula e comecei hoje mesmo. Meia hora de Transport, meia hora de musculação e abdominal, meia hora de aula de Jump Fit e terminei com alongamento.



No caminho para casa comprei um abacaxi, cheguei em casa, tomei banho, preparei meu jantar (duas fatias de abacaxi), escrevi este post e agora vou ver minha novelinha.



Bom, como a academia abre aos fins de semana, vou dormir cedo porque amanhã tem mais. Detalhe: Lembram do chocolate? Só lembrei dele agora a pouco! Vai ficar para amanhã, kkkkkkkkkkkk!



E assim vou seguindo, um dia após o outro, porque mudar hábitos não é fácil e a jornada é longa. Então...

Só por hoje... Bjs a todos!


Uma semana em um SPA

WOW! Agora que percebi que há quase dois anos não escrevia aqui, o que será que aconteceu comigo durante todo este tempo? Nananinanão! Isto está muito errado!!! Vou voltar a escrever hoje, tá decidido. Vamos lá então, com o primeiro post de 2013: Após anos vivendo em plena orgia gastronômica resolvi passar uma semana em um SPA e levei minha mãe comigo. Para nossa surpresa, convivemos bem comendo pouquíssimo e fazendo atividades físicas ao longo de todo o dia. Minha mãe não conseguiu ficar sem fumar, mas fumou em uma semana o número de cigarros que ela geralmente fuma em um dia, assim, mesmo não tendo ela conseguido ficar longe do vício, já a considero uma vencedora. O SPA era vegetariano, isso significa que também não comemos carne e adivinhem, eu não sinto mais nenhuma falta em minha rotina. O saldo foi positivo, ou seria negativo!? rsrsrs Eliminei quase 4 kg, 6 cm de abdôme, 4 cm de cintura e outras medidas não tão significativas, como por exemplo, 1 cm no braço esquerdo. Voltamos de viagem e eu continuo com a dieta, e isso significa dizer que cortei de vez a carne vermelha do meu cardápio. Procurei restaurantes vegetarianos e veganos em Santos e aqui em SP, e a cada dia almoço em um para conhecer. Vamos ver até quando vou continuar nesta batalha por menos peso, menos flacidez e mais saúde! Um bjo a todos!

domingo, 11 de setembro de 2011

Precisa-se desesperadamente de algo que me tire desta angústia sem fim, esta dor que não sai do meu peito e essa lágrima que insiste em correr pelo meu rosto que há muito não recebe um sorriso.
Precisa-se de um antídoto. Algo que me traga de volta à realidade, que coloque meus pés no chão e me mostre a direção que devo seguir.
Que porra eu tô fazendo da minha vida!?
Até que ponto ouvir nosso coração é o caminho ideal?
Meu coração dói, sangra e nada há para ser feito, a não ser esperar os dias passarem e ver se o tempo se encarrega de tudo.
Fase difícil. E muito.
Por que não escolho o mais fácil? Por que não olho para trás e pego minha vida de volta? A pergunta é: Eu quero minha vida de volta? Ou quero uma nova vida?
Toda mudança é dolorosa, mas essa está sendo dura comigo, tenho que exercitar a paciência, a autoconfiança, e o respeito ao tempo do outro.
Enquanto isso fecho os olhos e penso o que estaria acontecendo do outro lado da Serra, mas na verdade, preferia nem saber...

A Outra

Ser a outra deve ser fácil. Não que seja, apenas disse que deva ser, e não que seja, tudo apenas suposição desta mente fértil que prefere elucubrar histórias a encontrar verdades.
Sim, digo que deva ser fácil porque A OUTRA não tem a responsabilidade de cuidar, não tem obrigação de prestar atenção quando não está a fim, e o principal: não transa por transar.
Por outro lado, a outra faz tudo isso porque quer, ela ama cuidar, presta uma atenção infindável a qualquer manifestação do ser desejado e transa loucamente e sempre que pode, apesar de passar o tempo todo tentando pegar para si esta pseudo-obrigação, e tem todos os melhores momentos do parceiro (a), porque os momentos difíceis são sempre com O/A TITULAR.
A OUTRA, se envaidece porque tem todos os dias da semana, torna-se uma "mulher de feira"- segunda-feira, terça-feira, quarta-feira... Conta para os amigos que leva vantagem sobre O/A TITULAR, porque tem 5 dias, enquanto que esse tem apenas 2.

Ok.

Mas é no sábado à noite que A OUTRA se dá conta do quanto ela não tem a mínima importância. Percebe que na verdade os 5 dias a que ela se referia não passam de duas horas por dia, o que totaliza 10 horas por semana, enquanto que O/A TITULAR, tem, no mínimo 24 horas, sendo que ainda tem uma vantagem incomensurável: Acorda junto, dá bom dia olhando nos olhos, e pode ainda levar café na cama...

Então, cabe a ela esperar pacientemente o Fantástico, dormir e dar boas vindas à tão sonhada segunda-feira, quando tudo volta ao normal acompanhada da certeza de que terão mais 5 dias juntos.

É, talvez ser "A OUTRA" não seja tão fácil assim.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O dia em que a idade chegou

27 anos. Um marco.

Sabe quando você acha que tem o mundo nas mãos e que pode fazer o que quiser? Que tem tudo sob seu controle? Sabe quando você pensa que é a dona dos seus próprios sucessos e responsável por seus infinitos fracassos?
Sabe aquela sensação de poder dominar o mundo, ser invencível e onipotente?
Pois é, tudo isso acabou com 27 anos. Os responsáveis? Pico de pressão e FC altíssima.
Pela primeira vez a sensação de impotência me bateu. Eu não podia controlar meu corpo, e pelo contrário, quanto mais eu tentava, mais meus batimentos se aceleravam.
Em uma semana tomei captopril e Atonolol, remédio para pressão e coração.
Jurei para mim mesma, essa semana eu páro com o sal e tento relaxar um pouco.
Mas como? Com o sal eu consigo parar, mas de me estressar, isso eu não sei se consigo. Minha vida está de cabeça pra baixo. Profissionalmente tudo ok, aliás esse setor da minha vida nunca me deu problema... Mas o pessoal, ah, esse é bicho difícil.
Sensível e intensa como sou, todo e qualquer tipo de envolvimento que eu possa ter com alguém acaba refletindo na minha saúde, mas confesso que nunca me abalou tanto como agora.
Tudo bem que não sou mais uma menina, mas também não tô tão acabada a ponto de não conseguir segurar a onda de fortes emoções.
Saudades de quando eu me apaixonava por um coleguinha da escola e o máximo que podia acontecer era a boca secar, a mão tremer e o coração bater mais forte. Agora não. Agora eu preciso andar com um arsenal completo de emergência: um pra acalmar, um pra baixar a pressão, outro pra normalizar a frequência cardíaca, um pra dor de cabeça, um relaxante muscular e, claro, um pantozol pra proteger o estômago de tudo isso.
Conclusão: a idade chegou.
E depois dizem que o amor faz bem em todas as idades. Olha, não sei bem até que ponto isso é verdade, a única coisa que sei é que mesmo com tudo isso ainda sinto que vale a pena...

E assim, de uma forma meio torta de se compreender o sentido da vida, concluo que a paixão é o que alimenta nossa sede de viver e nos dá mais vontade de sermos cada vez melhores.

Por isso vou me matricular numa academia e começar uma dieta hoje. Afinal, ainda quero poder sentir tudo isso por muitos e muitos anos.

#Fui!

Os Imorais - Zélia Duncan

Os imorais
Falam de nós
Do nosso gosto
Nosso encontro
Da nossa voz
Os imorais
se chocam
por nós
Por nosso brilho
Nosso estilo
Nossos lençóis
Mas um dia, eu sei
A casa cai
E então
A moral da história
Vai estar sempre na glória
De fazermos o que nos satisfaz
Os imorais
Falam de nós
Do nosso gosto
Nosso encontro
Da nossa voz
Os imorais
sorriram pra nós
Fingiram trégua
Fizeram média
Venderam paz
Mas um dia, eu sei
A casa cai
E então
A moral da história
Vai estar sempre na glória
De fazermos o que nos satisfaz