– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar um lugar no futuro... E você?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranqüilo... Quem sabe?...
– Quanto tempo!...
– Pois é, quanto tempo!...
– Me perdoe a pressa, é a alma dos nossos negócios!
– Oh, não tem de que! Eu também só ando a cem!...
– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos... Quem sabe...
– ...Quanto tempo!
– Pois é... Quanto tempo!...
– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
– Por favor, telefone! Eu preciso beber alguma coisa rapidamente...
– Pra semana...
– O sinal!...
– Eu procuro você...
– Vai abrir!...
– Prometo, não esqueço...
– Por favor, não esqueça. Por favor!...
– Adeus!
– Não esqueço...
– Adeus!
– Adeus!" (Paulinho da Viola - Sinal Fechado)
E assim as pessoas vão se esquecendo...
Qualquer semelhança com os tempos de hoje é mera coincidência....
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